Sustentabilidade do pré-sal amplia debate na Câmara

Por Denise Luna

Rio de Janeiro - A sustentabilidade da exploração e produção do petróleo na camada pré-sal será objeto de audiência pública na Câmara dos Deputados e promete esquentar a discussão sobre a nova fronteira petrolífera, que está sendo apontada pelo governo como a nova independência do Brasil e pelos ecologistas como um retrocesso ambiental.

De um lado defensores do meio ambiente gostariam que o país seguisse o exemplo do Equador e propusesse que a exploração do combustível fóssil não seja feita, em troca de pagamento pelos países ricos do correspondente à possível futura receita.

A dificuldade de precificação do gigantesco volume de reservas no caso brasileiro seria de cara um primeiro obstáculo para seguir o mesmo rumo do Equador --que todavia ainda não encontrou um comprador para sua proposta. Outro problema é o fato da Petrobras não apenas já ter começado a explorar e ter planos para uma segunda fase, quando a produção se tornará mais volumosa e, portanto, mais poluente.

O Equador propôs esta semana não desenvolver uma descoberta de 900 milhões de barris se os países ricos pagarem por isso. No caso brasileiro, até o momento, as reservas do pré-sal já somam entre 10,6 a 16 bilhões de barris.

Até 2016 a produção no pré-sal se situará abaixo de 1 milhão de barris diários, escala que dispara para 1,8 milhão de barris nos três anos seguintes.

No requerimento para a realização da audiência pública sobre o tema, encaminhado pelo deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP) e aprovado pela Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, a justificativa para a reunião é de que os poços do pré-sal emitem, em média, "de três a quatro vezes mais gás carbônico do que os poços do pós-sal", afirmou o deputado.

Serão convidados para a audiência, ainda sem data marcada, os ministros de Minas e Energia, Edison Lobão e do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Minc inclusive já falou sobre o tema, ressaltando que o alto teor poluente não seria motivo para interromper a exploração, "mas é preciso investir no armazenamento do carbono lá embaixo", afirmou.

No requerimento, Thame informou que já existem experimentações, tecnologia e práticas de seqüestro de carbono como sugere o ministro.

"No entanto, não se pode afirmar seja esta uma tecnologia amplamente disseminada e provada, quando se trata de aplicá-la ao processo de extração de óleo e gás de jazidas de hidrocarbonetos", explicou o deputado em seu requerimento.

Ele citou casos já conhecidos, sendoo mais antigo deles no Mar do Norte, onde a empresa norueguesa Statoil sequestra o dióxido de carbono retirado no curso da produção de gás de seus campos de gás natural. Outros exemplos citados foram de Weybum, na Província de Sakatchewan, no Canadá, e o de Salah, na Argélia.

De acordo com o gerente para América Latina do Green Initiative Carbon Assets (Gica), gestora de fundos de crédito de carbono, com certeza a melhor opção "é deixar o petróleo lá embaixo", avaliou.

"Petróleo é combustível do passado, não é nada inteligente explorar o pré-sal, você investe um monte de dinheiro e em 30 anos acaba se investir o mesmo valor em solar, eólica, que são energias renováveis, você tem energia para sempre", observou.

Para o executivo a grande discussão que será formada daqui por diante será a disputa entre as aplicações sociais e ambientais dos recursos obtidos com o pré-sal.

"Melhor do que criar um fundo para compensar o pré-sal seria investir em formas mais limpas", insistiu.

Sobre a proposta de Minc, Couto explicou que no caso de campos em terra, o sequestro geológico tem o risco de contaminar os lençois freáticos, "e assim trocar seis por meia dúzia", mas que no caso do pré-sal o impacto ainda não é conhecido.

"Para questões onshore (em terra), cientistas discutem sobre a incerteza do potencial de captura desses gases, que girariam em torno de 15-30 pro cento das emissões. Para o pré-sal ainda não se sabe muita coisa...", afirmou.

Fonte: www.g1.com.br

Por Tainã Assunção:

O termo sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana. Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro.Para um empreendimento humano ser sustentável, tem de ter em vista 4 requisitos básicos. Esse empreendimento tem de ser:ecologicamente correto, economicamente viável,socialmente justo e culturalmente aceito. O pré – sal é um tipo de energia não renovavél em que os gastos para sua extração são gigantescos e que principalmente depois de um tempo ele se acaba. É preciso rever esses conceitos e projetos para o futuro, não estamos falando só de energia estamos falando de sustentabilidade as consequências que ele poderá trazer. Saber se essa fonte esgotável de energia é a melhor escolha, ou seria preciso pensar em outra fonte renovável, acessivel e compessavel financeiramente?. Pense e reflita.

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Lixeira falante ajuda cegos a proteger o meio ambiente

A lixeira de coleta seletiva, em que cada uma é pra um tipo de material, costumava ser um problema para deficientes visuais. Agora, além de colocar o lixo certo, ninguém mais esbarra ou suja as mãos.

Em Minas, um grupo de estudantes universitários criou um aparelho que ajuda portadores de deficiência visual a proteger o meio ambiente.

Andar assim nas ruas não é fácil. Se houver uma lixeira no caminho, então. “A gente só encontra quando a gente não quer, porque aí você tromba nela, machuca”, disse o professor Ananias Moreira.

E lixeira de coleta seletiva, em que cada uma é pra um tipo de material? Um problemão para os deficientes visuais! “É, porque você não sabe o lugar que você está jogando o lixo, se está certo, se está errado”, disse uma jovem.

Pois em uma escola especial, em Belo Horizonte, ninguém mais esbarra nelas, nem erra o alvo. A diferença aqui é que as lixeiras falam. Isso mesmo. Basta alguém se aproximar. "Lixeira para plástico". E é assim com cada uma delas. Aí, fica fácil acertar.

Um sensor de presença emite o som. Como normalmente os cegos usam o tato para identificar as lixeiras, esta é mais higiênica. “É maravilhoso. Além disso, preservar a natureza, fazer reciclagem, que eu acho excelente”, disse a professora Luzia Mendes Camargos.

É o resultado de uma pesquisa de estudantes de Engenharia Ambiental. Eles gravaram as mensagens em sensores comuns.

Testaram a altura que também facilitasse a vida de pessoas em cadeira de rodas. E usaram cores pra orientar quem enxerga.

"As linguagens, elas estão variadas, ali. Então, com certeza isso vai atender a todas as pessoas”, acredita o estudante de Engenharia Ambiental, Robson Tupi Alves.

Apesar de simples, a idéia surpreende. "Ótimo também que ela fala, avisa”, disse seu Ananias. Ele, pela primeira vez, acertou a lixeira de coleta seletiva sem pedir ajuda a alguém. “A gente sente independência. E é gostoso sentir essa independência, né?!”.

Fonte: www.g1.com.br

Por Tainã Assunção:

Inovação e Acessibilidade resumem esta nova lixeira de coleta seletiva. Fico, mas feliz ainda por saber que veio de estudantes universitários. Um causa tão nobre como essa, tem que ser bastante privilegiada. Espero, que este projeto realmente vigore e funcione,proporcionando assim uma melhoria significativa para todos os deficientes visuais. Pense e Reflita.

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Lula assina decreto que proíbe venda de terras na Amazônia a estrangeiros

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou decreto na noite desta quarta-feira (28) que proíbem estrangeiros e empresas estrangeiras de comprarem terras nas Amazônia que tenham sido regularizadas pelo programa Terra Legal, criado neste ano. O programa permite a regularização de terras de 268 mil posseiros que ocuparam terras na região até dezembro de 2004.

O decreto assinado por Lula permite a venda de áreas entre 400 e 1.500 hectares apenas três anos após a titulação pelo programa, desde que os compradores não sejam estrangeiros nem empresas. Brasileiros donos de outras áreas na região podem comprar mais terras, até o limite total de 1.500 hectares.

De acordo com o decreto, áreas onde já ocorreram conflitos agrários ou desmatamento recente serão vistoriadas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) antes de serem regularizadas.

Segundo o Incra, 3,6 milhões de hectares de terras no Brasil estão nas mãos de estrangeiros. Para o instituto disse, no entanto, o número pode chegar a 5,5 milhões de hectares, porque as informações repassadas por cartórios são incompletas. O instituto não sabe, entretanto, quanto das áreas da Amazônia está nas mãos de estrangeiros.

Projeto na Câmara

Há duas semanas, a Comissão de Constituição, Justiça da Câmara dos Deputados (CCJ) já havia aprovado, por unanimidade, um projeto de lei que restringe a venda de terras a estrangeiros. Para entrar em vigor, o projeto ainda precisa ser votado no Senado.

A proposta prevê a proibição da venda de terras com mais de 15 módulos fiscais a estrangeiros na Amazônia Legal, o que equivale ao tamanho de uma propriedade média na região, cerca de 11,4 km² ou 1.140 hectares. O módulo fiscal varia de município para município.

Segundo a assessoria do relator do projeto na comissão, deputado José Genoino (PT-SP), cada módulo representa em média 76 hectares. Dependendo da região, a unidade pode chegar a 110 hectares.

De acordo com o projeto, entidades internacionais e pessoas que não possuem a nacionalidade brasileira só poderão adquirir terrenos maiores na região amazônica se estiverem instalados no Brasil há mais de dez anos.

A proposta estabelece também que para expandir as áreas de propriedade de pessoas e entidades estrangeiras será preciso observar o prazo de dez anos de domicílio no país e provar, através de um laudo emitido por órgão fundiário federal, que o imóvel original está “cumprindo plenamente a função social na forma imposta pela Constituição Federal”.

O projeto proíbe ainda, a qualquer título, a venda a estrangeiros de terras próximas à chamada “faixa de fronteira”, que abrange cerca de 150 km de largura na divisa da Amazônia com outros países. Os estrangeiros que já possuem terrenos em região de fronteira deverão provar em até seis meses que o imóvel cumpre função social.

Se não houver a comprovação no prazo estabelecido, o projeto prevê a instauração de processo judicial para o cancelamento do título da propriedade. Segundo o relator do projeto, deputado José Genoino (PT-SP), que apresentou parecer favorável à proposta, impedir a presença de estrangeiros na fronteira é necessário para proteger a região amazônica e evitar o tráfico.

Fonte: www.g1.com.br

Por Tainã Assunção:

Será mesmo que esse decreto entrará em vigor? Segundo Virgilio Viana, diretor geral da Fundação Amazonas Sustentável, devemos reposicionar o debate sobre a soberania da Amazônia não significa que devamos negligenciar os interesses e movimentos de outros países na região. Temos de estar alertas. Existem, em toda parte, interesses escusos que devemos combater especialmente o narcotráfico em áreas de fronteira. Felizmente, os militares representam o que há de melhor em termos de presença do Estado na região, ao desempenharem com competência sua função de guardiões do nosso território. Identificar os inimigos certos e nossas metas estratégicas é essencial para vencermos a batalha pela defesa da Amazônia. Nosso desafio é cuidar bem da sustentabilidade da Amazônia. Com competência e seriedade. Esta é a melhor arma para defendermos os interesses estratégicos e a soberania do Brasil na região. Pense e Reflita.

Site: www.fas-amazonas.org

Fonte: O Estado de São Paulo

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Excesso de veículos contribui para poluições sonora e atmosférica em SP

Com 6,5 milhões de veículos, a frota de São Paulo traz para a cidade não só complicações para o trânsito, famoso por seus enormes congestionamentos. A saúde da população também é afetada pela fumaça despejada nos ares todos os dias pelos escapamentos e pelo barulho gerado por carros, ônibus, motos e caminhões. As poluições sonora e atmosférica se tornaram um ônus importante para os moradores da maior cidade do país.

Nesta semana, o G1 aborda temas relativos ao trânsito da cidade, usando diferentes meios de transporte e seus reflexos. Nesta sexta-feira (21), as reportagens vão abordar a poluição sonora e atmosférica causada pelos veículos, percorrendo a cidade ao longo do dia.

Segundo o relatório mais recente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), com dados de 2008, a frota de veículos é responsável na Grande São Paulo por 98% das emissões de monóxido de carbono (CO), 97% de hidrocarbonetos (HC), 9% de óxido de nitrogênio (NOx), 40% de material particulado e 33% de óxido de enxofre (SOx). Todos são materiais que poluem o meio ambiente.

Em números concretos, essas emissões correspondem a 1,56 milhões de toneladas de CO jogadas por ano na atmosfera; 387 mil toneladas por ano de HC; 367 mil toneladas por ano de NOx; 62,3 mil toneladas por ano de material particulado e 25,5 mil toneladas por ano de SOx.

Apesar disso, a Cetesb afirma que a emissão de poluentes diminuiu em relação há dez anos, e está estável há cerca de quatro. “Apesar de a frota ter aumentado, os níveis de poluição diminuíram. Ainda temos o que avançar, e ainda há dias em que os valores dos poluentes ultrapassam o padrão” explica Maria Helena Martins, gerente da Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb.

“Já tivemos um grande ganho tecnológico, mas agora a solução é mais complexa, não só de medidas governamentais, mas de conscientização das pessoas, com a manutenção dos carros e o uso de transporte público”, diz ela.

Fonte: www.g1.com.br

Por Tainã Assunção:

Todos nós já sabemos que São Paulo é a cidade mais populosa do Brasil, fato. Porém, dados alarmantes têm preocupado não só os moradores da cidade quanto os ambientalistas e governantes, este não é um problema atual, já vem sendo previsto á anos atrás, no entanto, nenhuma medida foi tomada para solucionar o problema mesmo sabendo que segundo o relatório mais recente da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), com dados de 2008, a frota de veículos é responsável na Grande São Paulo por 98% das emissões de monóxido de carbono (CO), 97% de hidrocarbonetos (HC), 9% de óxido de nitrogênio (NOx), 40% de material particulado e 33% de óxido de enxofre (SOx). Todos são materiais que poluem o meio ambiente. Este é um problema crônico de uma cidade grande, devido ao grande avanço tecnológico a solução agora é bem mais complexa do que nos mesmos imaginamos, não resta só esperar por medidas governamentais, mas de conscientização das pessoas, na utilização de seus carros. Pense e reflita.

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Ministério Público se Mobiliza Contra Destruição de Duna no RN

Natal, capital do Rio Grande do Norte, é uma cidade que nasceu sobre as dunas e está cercada por elas. É um detalhe que atrai turistas e encanta até mesmo os moradores acostumados com a paisagem. Mas, aos poucos, o crescimento da cidade está encobrindo a paisagem.

De longe, o Morro do Careca parece empurrado pelas construções. O problema levou moradores do bairro de Ponta Negra a se mobilizarem em para evitar a construção de mais dois espigões na região. O sobe e desce de pessoas e carros também está danificando a área. Estudos do Instituto de Desenvolvimento Econômico e do Meio Ambiente do estado indicaram a necessidade de interdição do acesso ao Morro do Careca e às dunas de Genipabu. O motivo: elas estavam diminuindo de tamanho.

Outro aspecto preocupante, no que diz respeito às dunas, são as invasões. Casas construídas em Genipabu ameaçam o meio ambiente e podem prejudicar a qualidade da água usada para abastecer a cidade. A dona-de-casa Maria da Penha, que mora no local há 16 anos, confirma que todas as casas foram construídas irregularmente, assim como as fossas.

Os professores do departamento de Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte estão preocupados com a poluição do lençol freático, principal fonte de abastecimento de água da capital. A duna, segundo o professor Ricardo Amaral, é um filtro natural para as águas das chuvas, que são armazenadas no subsolo. Por isso, é tão importante preservá-las. “A areia absorve e armazena toda a água da chuva. Quando Natal não tiver mais água subterrânea, como será?”, questiona.

Na sala da promotora do Meio Ambiente Gilka da Mata, a pintura do Morro do Careca preservado aponta a necessidade de impedir a depredação. “Precisamos de gente capacitada, de fiscalização, de ter um criterioso sistema de licenciamento”, afirma.

Fonte: www.g1.com.br

Por Tainã Assunção:

Nossa realidade é bem diferente da que é mostrada em propagandas, sejam elas políticas ou apenas para promover o turismo na cidade. A verdade é que querem destruir um dos maiores cartões postais da cidade, devido ao alto crescimento populacional nos últimos tempos. Que, por conseguinte, trouxe consigo moradias e construções irregulares em Genipabu além de uma péssima preservação ambiental ameaçando assim a qualidade da água usada para abastecer a cidade. Vamos parar de hipocrisia, não podemos deixar que isso realmente aconteça. Este nada mais é do que o reflexo da sociedade moderna e do capitalismo exacerbado, que impera hoje em dia. E eu pergunto o que será de nós quando a qualidade da água usada para abastecer a cidade for prejudicada? Será que continuaremos a ser a cidade do sol que tanto encanta turistas e moradores? Pense e reflita.

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